Pireneus 2015 - das profundezas da terra para a elevação do espirito #3

Tive a preocupação de planear as nossas escalas de modo a que não fosse necessário fazer grandes viagens. Agradecem as crianças e agradecemos nós não termos de aturar crianças saturadas. E foi assim que de Tarbes a Betharram não demoramos mais de 1 hora. Saímos com calma e ainda deu para fazer uma paragem estratégica num supermercado dedicado à jardinagem a todas as actividades relacionadas. Entenda-se por isto que não só vendiam as sementes, adubos e afins como o material necessário para fazer as compotas e as conservas com os produtos da horta. Uma perdição, portanto. Foi aqui que tive de comprar uma caçarola de cobre para as compotas, uma coisa que, está bem de ver,  me fazia uma falta indiscritível. E mais uma vez agradeci o facto de viajar de carro sem limitações de bagagem, ou melhor, como menos limitações...

As Grutas de Betharram valem a visita mas arrasam com qualquer planeamento. Chegámos antes do meio-dia, sabendo eu que as visitas da manhã terminavam às 12h30, para então perceber que só fazem visitas quando atingem um número mínimo de visitantes ( cerca de 50) . E foi assim que ali ficámos num calor saariano, à espera de companheiros. Pelas duas da tarde a troupe estava completa e podemos então descer às profundezas e descer a temperatura. No interior das grutas estão sempre 13ºC , abençoados.

Depois do arrefecimento providencial seguimos para Lourdes debaixo de um calor infernal, pouco compatível com o local em questão. Os olhos secavam, custava  a respirar, poderia ser uma tarde abrasadora de Sevilha, mas não, estávamos em plenos Pireneus com 38.ºC às cinco da tarde.

Tratando dos cofres

peregrinos de todo o mundo